terça-feira, 17 de março de 2009

Mulheres finalmente!!

“Struggle for life!” – “luta para viver! ” (Expressão inglesa que Darwin tornou famosa)

Um franco atirador

Oito de março, Dia das Mulheres, nesse dia todos se lembram das mulheres; comemorações, festas, distribuição de lembranças e por aí vai. Passada a festa, acabou, todos se cumprimentam, e até o próximo ano.
Este ano não foi assim.
Vai ver que a presença de duas mulheres na Câmara de Vereadores de Valença tem algum significado político, e não só de elegância.
Sexta-feira (13), teve, no salão nobre da Câmara, um debate político sobre as mulheres. Interessante. Participação maciça das mulheres: operárias, professoras, médicas, advogadas, mãe de santo, enfim as mulheres em massa. Finalmente se falou de políticas para as mulheres, se enfrentou tema importante, do aborto aos trabalhos sociais, e com muita propriedade foram expostos por uma preparada palestrante.
Por isso, pelo respeito que as mulheres merecem, talvez devamos cessar de contrapor esses inconciliáveis direitos, que a mulher tem, em dispor do seu próprio corpo, e o da sociedade, em defender a vida a todo custo, como é o caso da questão do aborto, por exemplo, mas enfrentarmos o problema da condição humana e social das mulheres na sociedade em todas as suas relações, numa visão que não seja só de direitos de afirmação, como também de deveres que a sociedade tem para com as mulheres.
Penso, portanto que a primeira relação de deveres da sociedade para com as mulheres, deve ser o dever de praticar a solidariedade, em vista da extraordinária riqueza da presença feminina nos últimos cinqüenta anos, quando uma rígida separação coloca na sombra o surgir cultural coletivo que a presença feminina trousse na vida de todos nos. Assim penso que entre outras considerações é preciso reconhecer, e remunerar, trabalhos sociais que a mulher vem praticando ao longo de sua existência, tais como, criar e educar os filhos, como cuidar dos velhos e dos doentes, que são trabalhos sociais, poucos levados em consideração, que nunca nos questionamos sobre esses trabalhos e alem disso, nunca remunerados, sobretudo aqui no Brasil. Em paises mais adiantados, as mulheres começaram avaliar os custos e desgastes desses trabalhos e por estas razoes, diminuíram drasticamente as procriações. Quanto ao cuidado aos doentes e aos idosos em casa, nunca foi visto realmente como um trabalho, que deveria ser remunerado, mas sim como um dever social apenas das mulheres, mas se trata de um trabalho social importante, e por isso é preciso ser reconhecido como trabalho a ser devidamente remunerado, afim de que a mulher obtenha sua estima.
Espero ter sido devidamente compreendido e convido todas as mulheres a participar deste debate com seus artigos e propostas.
E quem sabe, o dia que as mulheres, tomem consciência da força que representam, pois, se pensamos que a metade do mundo, o ate um pouco mais é de mulheres, e a outra metade somos filhos delas, e teremos mais Roselidiane e Helena, na câmara, e no parlamento, quem sabe, o mundo comece a melhorar.

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