quinta-feira, 12 de março de 2009

estupro e estuprador

Estupro e estuprador
“Seja, porém, o vosso falar: sim, sim; não, não; o que passa disso é do maligno” (Mateus 5-37).
Um franco atirador
N
esses últimos dias estamos assistindo a uma diatribe pouco edificante entre a Igreja Católica Apostólica Romana e a sociedade civil, sobre um fato, doloroso, de uma menina de nove anos, estuprada e por causa disso, grávida. Os médicos julgaram a gravidez de alto risco, além disso, a lei consente o aborto terapêutico.
Quanto ao Papa, que, é bom relembrar, que por obrigação ou por escolha, militou no exército nazista, apela para “as leis de Deus” e excomunga todos os envolvidos no aborto, menos, claro, o estuprador. Tudo isso me faz pensar, e imaginar: se Jesus vivesse hoje, como será que Ele, que pregava amor e compreensão como será que ele reagiria. Vamos tentar imaginar...
“Depois disso, foi Jesus passando pelo mar de Galileia cheio de produtos químicos e manchas de petróleo – e ia atrás dele muita gente – Ele subiu no monte e ali sentou com os seus doze discípulos. Levantou, então, os olhos, e, visto que muita gente vinha a ele disse: “ Onde vamos comprar coisa para que eles comam?” Mateus, que era o mais prático, comprou então três pães e dois peixes de um ambulante que por aí andava, mas o povo era tanto que Pedro disse: “Não vai dar”. Jesus nem olhou para ele e disse: “Eu os multiplicarei de várias maneiras”. Juntou as mãos, e, olhando para o céu, começou a multiplicar.
Quando apareceu na sua frente o máximo Sacerdote, vestido de ouro e púrpura, com diamantes, esmeralda e rubi nos dedos das mãos e falou: “Nazareno não ouse clonar, que a santa mãe igreja proíbe”, mesmo não entendendo muito a linguagem post-aramaica do máximo Sacerdote, Jesus respondeu: “Não faço clonagem nenhuma, estou multiplicando, porque acho importante que essa gente faminta coma, o faço a fim do bem”. “A única multiplicação permitida é a das contas no banco do Vaticano”, respondeu o máximo Sacerdote.
“Posso então predicar?”, bufou Jesus. “Espere a tropa da televisão, vai ter mais ibope, quer falar para uns poucos de milhares de miseráveis?” questionou o Sacerdote.
Então Jesus e os apóstolos foram embora com tristeza nos olhos e entenderam que aquilo que estavam ensinando, ficaria no coração, na consciência e nas ações generosas de muitos, mas na alma de outros seria usado como poder, intolerância, racismo e fogueiras.
Agora, pode ser que quem não entendeu nada, seja aquele que aqui escreve, mas Jesus mesmo disse e Mateus escreveu em 5-3: bem aventurados os pobres de espírito porque o reino dos céus é deles.

Um comentário:

  1. E aí, meteco.
    Gostando da nossa Atenas?

    Sou amigo da Andréa. Ela pediu para que eu desse uma olhada no seu blogue e, pelo jeito, será um prazer.

    Esse lance todo da Igreja em relação ao aborto também me levou a escrever.

    Gostei de Jesus clonando e enfrentando o poder das contas bancárias.

    ResponderExcluir